Da constante irritabilidade feminina e a eterna busca da satisfação pessoal

Em conversas recentes sobre a vida, o universo e tudo mais, percebo que venho insistindo em uma mesma tecla: nunca conseguiremos estar satisfeitos. É da nossa natureza sempre buscar mais, querer mais, tentar alcançar o próximo degrau. Não há nada de errado nisso: acredito que essa insatisfação, ao contrário do que palavras com esse prefixo denotam, faz com que estejamos sempre tentando ser mais do que somos – nos lança no mar bravio dos desafios e, aí, temos que tentar fazer um barco melhor com as ferramentas que possuímos.

Ok, chega de conversa de livro de auto-ajuda. Toda esta bela introdução servida com café e chocolate pra justificar a mim mesma o porque dos meus constantes moodswings, da minha insatisfação, do meu sempre presente sorriso sem graça e suspiros de ‘who cares‘ a cada segundo passado do meu dia. Justificar a mim mesma, porque não adianta responder a quem me pergunta ‘o que houve?’, ‘tá chateada?’, já que sempre dou a mesma resposta e não parece bastar.

Não é que eu esteja chateada; é que, em algumas épocas da vida, o spleen toma conta de tudo em mim e eu só sei escrever melda, morgar no sofá e tomar café. Infelizmente dessa vez ele se apoderou também de uma parte importantíssima de mim: a satisfação que eu sentia no trabalho. Spleen chegou, jogou seu sobretudo puído no espaldar da cadeira, ajeitou o chapéu, pediu uma dose de uísque (cowboy style) e não vai sair nem mesmo se a música na jukebox acabar.

Mas vamos ver pelo lado positivo: pelo menos agora minha vida deixou de ser um drama mexicano. Agora é um filme de baixo orçamento dos anos 40.

E eu vou deixar este vídeo aqui só pra cantarolar a letra e admirar Robert Downey Jr. enquanto me sirvo outra xícara de café 😉

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